sexta-feira, 11 de julho de 2008

Será que este povo não me dá um tempo?

Aí um dia normal: deixei a Dani no trabalho, nem pensei em passar na obra. Já tinha me dado uma dor de cabeça no dia anterior: O caminhão ficou de levar uma carga e atrasou algumas horas ( agora a pouco eu soube que o meu pai carregou alguns tijolos que os malas do caminhão se recusaram a levar lá pra cima no apê; mas isto fica para outra vez que eu estiver mais com raiva...). Como eu ia dizendo, era um dia normal, pombas.
Tinha uma reunião de fim de semestre lá na minha escola. Aí, pimba: me ligaram da loja de materiais de construção. O nosso pedreiro, a pedido de minha esposa foi pegar o resto do material MAIS um aquecedorzinho a gás baratinho, baratinho. E a moça da loja não deixou, pois estouraria o orçamento. E lá vai o papai aqui resolver o pepino e não deixar que a Dani soubesse do rôlo. Não teve jeito. Ela acabou sabendo e mesmo assim eu tive de resolver a parada - junto com ela, é claro.
Entrementes o povo do meu trabalho resolveu fazer um almoço de fim de semestre, e eu chamei a minha esposa. E ela, depois de passar na malfadada loja de materiais de construção e mandar todo mundo às favas com um polpudo cheque caução maior que o anterior, disse que precisaria ir ao SIA resolver duas coisinhas: As portas e os mármores.
Hahahahahahahahahahah. Duas coisinhas e mal resolvemos uma....
Vá lá, comemos correndo, não sem antes ouvir a melhor do almoço. Uma das minhas amigas de profissão tem um ' curso de decoração' no currículo e uma outra colega minha, avisada sobre nossa reforma mas desavisada sobre o ofício ( suplício? ) da minha esposa, tentou convencer a Dani a contratar os serviços da professora-decoradora - esta última, por sua vez, totalmente alheia a conversa.
'Sabe, Daniela, a a fulana fez um curso de decoração e talvez possa lhe ajudar' Disse a colega de trabalho. Dani sorriu, e educadamente recusou. Mas a primeira insistiu: ' Olha ela vai te cobrar barato para decorar a sua casa, talvez nem cobre. A gente sabe como é obra, né?'
De boas intenções, o inferno está cheio... Pobre da minha amiga. Ela REALMENTE queria ser prestativa.
Depois do almoço, que foi precedido por UMA cerveja ( pois agora mais de uma, aliás nem mesmo uma é crime! ), nos dirigimos ao tal do SIA e paramos numa madereira 'alternativa'.
Vamos lá senhores, olhem uma porta. Qualquer uma. O que vocês vêem? UMA PORTA. Então me expliquem como a Daniela passou duas horas discutindo com o dono da loja - um sulista deste tamanho assim, ó - sobre portas? Eu nem me lembro dos nomes que a Dani falou com o cara! E 'porta' foi somente um dos nomes que eu sabia. O resto eu boiei.
Depois de quase cair no sono umas dez vezes ( que pega meio mal, pois eu sou o marido que tem que fazer cara de mau o tempo todo ), assinei um cheque de não sei quanto de valor e deixei novamente a Dani no trabalho; não porquê assim o fiz, pois eram quase quatro da tarde. E fui na nova casa pegar o aquecedor novo que o pedreiro, a muito custo, tinha levado lá pro apê para fazer as medidas. Quando eu cheguei na quadra eu ouvi algo que eu vou levar para o túmulo.
Gente, o meu apê é próximo do centro da cidade. Passa carro o tempo todo, e a quadra vive cheia. E ainda assim eu ouvi o barulho que a nossa reforma está fazendo. DÁ PRA OUVIR PRATICAMENTE EM TODA A QUADRA!!!!!!!!!!
Da pior maneira possível, descobrimos que os vizinhos nos odeiam. Digo isso porquê, se isso fosse no meu prédio, por três dias seguidos, eu odiaria muito que fizesse aquele barulho. Era tão sinistro que eu fiz questão de não gravar para postar no blog. Mas a pior informação eu saberia mais tarde.
Voltamos no começo da noite para tirarmos fotos e encontramos uma jovem senhora simpática na portaria que, após as devidas formalidades, descobrimos ser a vice-síndica - que teve os ladrilhos molhados pela nossa cozinha! Ela pediu de maneira bastante educada, se ela poderia ver a obra. Claro que permitimos. E lá chegando, gostou do que viu e nos confidenciou que ela mesma tivera uma certa resistêndcia dos vizinhos quando chegou para morar lá, justamente por conta de sua própria reforma! Pra vocês verem como são as coisas. E vocês sabem quem era a principal algoz de nossa vizinha? A que possivelmente, 'fez macumbas e mandingas ' contra a atual vice-síndica? A antiga DONA DO NOSSO APARTAMENTO.
Tá DÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!!!!
Boa Noite!

3 comentários:

Anônimo disse...

Isso tá ficando cada vez mais divertido e me faz lembrar o porquê comprei meu apartamento todo pronto. Espero não ter de quebrar nada um dia! :)

Boa sorte por aí...
Bjo

Solange disse...

Ahahahahahahah! Zeca,vc é mais do que perfeito em detalhar! Deu de mil a zero em mim!!! Morri de rir com o seu relato! Meu querido, vc já viu ou ouviu alguém contar na sua vida que fez uma obra que não deu o menor trabalho e nem preocupação? É ruim hein!!!
Feliz foi o Doca que comprou um apê mobiliado e pasmem, com muito bom gosto! Nasceu com o derriére voltado prá lua este menino!!!
Continue assim, contando em DETALHES pois, sua esposa não está de férias, não tem tempo, e está botando em prática o "curso de decoração" dela!!!
Beijos e good luck!

Gi disse...

que ótimo! não ouvi barulho nenhum lá da nossa casa... mas ainda vou arrumar um tempinho para ir até lá...