terça-feira, 17 de junho de 2008

16 de junho: histórico parte 1

16 de junho.
Finalmente o apartamento foi desocupado, depois de quase seis meses de espera. Os antigos donos deixaram- no com um aspecto de triste abandono; a dependência de empregada, por exemplo, ficou sendo ocupada, nos últimos meses, por um filhote de pitbull. Este, por sua vez, deixou o quarto na mais completa bagunça e mal-cheiro.
O fato é que o imóvel, ainda que esteja na sua pior aparência possível, vale muito a pena. A localização dele é bastante privilegiada, próximo ao centro da cidade. Só para se ter uma idéia, a Esplanada dos Ministérios, a Catedral e mesmo o Congresso Nacional – alguns dos nossos cartões postais - estão atrás das árvores que cercam a nosso novo edifício. Este cinturão verde também mantém a temperatura da casa estável e filtra os sons da movimentada avenida L2.
Curioso. Quando estávamos vendo as várias opções de apartamentos, talvez este fosse o último que eu escolheria para morar, pois não gostei dele mesmo logo de princípio: aliado ao seu aspecto um pouco 'detonado', ele era um pouco acima do nosso orçamento. Minha esposa soube dele por acaso. Um outro casal de arquitetos amigos viram o imóvel mas não concordaram em adquiri-lo: a esposa achou o apartamento muito barulhento apesar do marido ter adorado o projeto antigo da construtora Rabelo. Mas o que realmente a incomodou mesmo, foi o estado de descuido da residência. Só para se ter uma idéia, o mesmo quarto que seria do cachorro era ocupado por um inquilino, no mínimo estranho, com cara de poucos amigos. Imagine só, naquele trâmite de venda de imóvel, visita de possíveis compradores, e um quarto ocupado por uma figura com duvidosos hábitos de higiene...!
Fizemos então a proposta aos proprietários. Ainda que bem abaixo do mercado, ela colou, eles aceitaram. E aí passaram -se alguns meses desde então. A demora ocorreu, talvez, pelo fato de nós não termos muito clara a idéia de que, negócios que envolvem heranças podem ser complicados. O caso era bem simples. Os proprietários – que eram três irmãos – receberam o imóvel como herança de seus pais, mas não tinham registrado o imóvel em seus respectivos nomes, ainda que a justiça já houvesse emitido um documento chamado de Formal de Partilha em seu favor.
Nem me recordo mais a expectativa do corretor quanto a duração de todo o trâmite. Um ou dois meses. No fim das contas, todo o processo, registro do imóvel, avalição do para o financiamento, o 'tempo' da justiça brasiliense, blá, blá, blá e outras enrolações, acabamos por gastar algo em torno de uns seis meses a contar do fechamento do contrato até pegar as chaves. Agora começa a fase dois: a reforma.
( bem, levando em conta que eu deveria estar me mudando em maio deste ano, e agora é junho, mais a reforma que deveria levar um mês, mas serão dois, parece-me razoável que eu esteja no meu aniversário – em outubro – na minha casa nova ).

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